Editor de Interação e Redes Sociais da Folha de S. Paulo palestra em Aula Magna

Mateus Camillo abriu o semestre do curso de Jornalismo da ESPM-SP falando sobre o jornalismo nas redes sociais e sua dinamicidade. Ele contou que a Folha de S. Paulo criou essa editoria em 2021, acompanhando o crescimento das redes e a variedade das linguagens que são disponibilizadas pelas ferramentas online. “Cada rede tem suas particularidades. É muito estimulante trabalhar com redes sociais no jornalismo hoje. As redes acompanham o noticiário”.

Ele explicou que o acúmulo de redes disponíveis atualmente, cada uma com sua linguagem e distribuição, traz novas oportunidades para os jornalistas e mantém características como o furo jornalístico (a divulgação de uma notícia em primeira mão). “O furo se mantém nas redes sociais. Ele ainda é o alicerce do jornalismo. É o que traz novos seguidores”.

Falando sobre os trendings topics das redes sociais e o jornalismo, ele destacou a questão do tempo. “O jornalismo tem um tempo de checagem – que nem sempre as redes sociais esperam. Redes têm um tempo que o jornalismo não tem. E isso não é ruim. Temos o papel de checar. Jornalismo vai contextualizar o que está acontecendo. Precisa trazer um novo olhar e uma explicação, levando contexto, sobre o que está sendo discutido”, disse. “Por mais que a gente esteja nas redes e tenha a compreensão de que é importante dar a notícia antes, é imprescindível a checagem.”

Segundo ele, as redes mudaram muito, principalmente o Instagram. “As pessoas passaram a consumir a informação no próprio post.” Isso trouxe, por exemplo, o aumento da importância dos vídeos e de outras linguagens às quais os jornalistas tiveram que se habituar.

O jornalista mostrou as principais redes sociais que estão diretamente vinculadas ao jornalismo, que são: Twitter, Facebook, Intagram, WhastApp, Instagram, Tik Tok e Telegram.