O 6º Seminário Internacional de Jornalismo, realizado pela ESPM, em parceria com a Universidade de Columbia, no último dia 22 de agosto, resultou em experiências consideradas positivas pelos participantes, especialmente para os alunos do curso de Jornalismo. O evento ocorreu de forma híbrida, com palestrantes e ouvintes de várias partes do Brasil e do exterior.
“Eu achei muito agregador, no sentido de que os convidados tinham muito conhecimento para compartilhar. É uma ótima referência para nós alunos, que estamos começando o curso agora e saber que existem profissionais tão qualificados para isso”, diz Laís de Lucca, aluna do 1º semestre. “A minha parte favorita do seminário inteiro foi a palestra da Renée Hobbs. Ela usou referências tão boas, adaptou tudo o que ela disse para o Brasil e se comunicou muito bem com os alunos”, complementa Luiza Vézza, do 2º semestre.
Os estudantes também tiveram a oportunidade de fazer cobertura jornalística para as mídias do curso. “Eu achei a experiência maravilhosa, principalmente porque sempre sonhei em estudar na Columbia University. Então, cobrir esse evento com a equipe de fotojornalismo foi uma experiência enriquecedora”, afirma Gabriella Borges, do 1º semestre.
Memória – O 6º Seminário Internacional de Jornalismo teve início na parte da manhã, com a saudação do presidente da ESPM, Dalton Pastore, que destacou a importância de pensar os desafios do campo profissional do jornalismo. “Além de se formarem culturalmente, vocês vão construir uma carreira, e essa careira precisa ser bem-remunerada, vocês precisam ter bons espaços de trabalho. Então, debater novos negócios e inovação é muito importante. Fico feliz em ver que a gente tem esses temas a serem discutidos aqui hoje, disse.
Logo em seguida, foi feita uma homenagem ao ex-presidente José Roberto Whitaker Penteado, que recebeu o título de professor emérito.
Ainda no período matutino, foram realizadas duas mesas. A primeira se voltou ao tema “Relatórios de dados sobre pesquisas políticas durante as eleições”, com mediação da professora Elena Cabral e a participação do professor Dhrumil Mehta – ambos de Columbia –, e da jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Eles debateram a relação das pautas jornalísticas sobre política com as pesquisas de intenção de voto realizadas por institutos. “As pesquisas fazem mais do que só prever os resultados das eleições. Elas são a voz do povo sendo interpretada pela mídia. Então, sem as pesquisas a gente não tem uma amostra representativa da população”, enfatizou Mehta.
A segunda mesa, “Novos negócios em jornalismo: inovação e possibilidades”, contou com a participação de Conrado Corsalette, cofundador e diretor de redação do jornal digital Nexo, Helena Bertho, diretora de conteúdo da revista digital AzMina, e Mara Luquet, fundadora e CEO do canal MyNews. A discussão focalizou as mudanças no mercado de trabalho em jornalismo provocadas pelo avanço tecnológico. “A tecnologia permite que você faça projetos em qualquer lugar do mundo, é uma grande aliada do jornalismo”, afirmou Luquet.
Na parte da tarde, a terceira e última mesa, “Os ‘quatro Cs’ da alfabetização midiática: pensamento crítico, criatividade, colaboração e habilidades de comunicação”, Renée Hobbs, professora da Universidade de Rhode Island, discutiu o tema da educação midiática a partir de suas experiências no Media Education Lab, do qual é diretora.